Peco na vontade de querer sentir algo e não me permitir. Coloco-me limites. Tento me fazer forte diante dos problemas. E quanto mais me limito, noto que menos cresço. Às vezes reflito e me pergunto: como irei aprender a arte de sentir se não me permito?
Eu gosto de teorias, de auto-avaliação. Sentir é a prática, talvez por isso gere tanto pânico em mim.
Não nego que tenho bloqueios emocionais e alguns problemas psicológicos, mas tenho também um coração involuntário que não obedece minhas decisões. Eu digo que não quero amar, mas quando percebo já é tarde, estou sentindo com cada célula de mim. Não comento, não demonstro, não faço alarde. Permaneço quieta, mergulhada em sentimentos profundos com medo de me afogar, disfarçando até o último instante, negando e fugindo enquanto ainda me restar forças.
Fujo dos sentimentos como um ladrão foge da polícia. Sentir é perigoso demais para mim.
2 comentários:
Antes de mais nada, parabéns pelo texto. (:
Em quase todo texto que tu escreve, me vejo descrito neles.
Só não sei se isso é bom por me identificar neles, ou se é ruim por não ser algo, digamos assim, 'agradável'.
Enfim, continue escrevendo. Espero um dia ler uma frase como "finalmente estava feliz, ao lado do seu amor"... e também poder me identificar nela.
Dimas,obrigada por sempre vir aqui comentar meus textos. Espero algum dia escrever algo mais "alegre", assim como desejo que tu te identifiques.
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