Você chega cheio de sorrisos e cumprimentos, depois vai embora como se não soubesse que eu queria ouvir mais do que “boa noite”. Enche-me de esperança e depois some na maré de gente. Eu fico ali cabisbaixa, mergulhada em remorsos, imaginando o que eu poderia ter dito.
A verdade é que eu ainda espero que isso venha de você, que tu me contes o que carrega no peito, ou que me indague sobre romances paralelos, que teus olhos se desprendam da porta de entrada e passe a encarar os meus olhos.
Juro que tento não me encher de expectativas, mas quando te vejo se aproximando minhas pernas começam a tremer, começo a tecer possíveis diálogos, tento pensar o mais rápido possível em uma maneira de puxar assunto, mas na hora me embaralho e nada flui de mim e de você. Da tua boca carnuda nada sai, nem mentiras.
Eu espero tanto de ti, mas a única coisa que vem de você é a fumaça do teu cigarro.
2 comentários:
Querida, ainda me pergunto o por que de nenhum comentário anterior. Seu texto está de uma escrita encantadora e realista! Me vi no último paragrádo em cada palavra em cada pronúncia... Muito bom.
Seguindo
Gostei, seguindo.
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