domingo, 19 de fevereiro de 2012

Desfecho

Não deixarei que me vejas no apogeu de minha dor. Se o destino nos desuniu, o aceito como calor, apesar de odiá-lo, não há nada que possa fazer para mudar a estação do ano.
Não te direi adeus, porque em mim todo esse sentimento habitará. Pois meu ser é reflexo do teu. E apesar da distância, te amarei cada vez mais com o passar das primaveras. Deixaste tua marca em mim como marca de ferro quente. Talvez com o passar do tempo, esqueça-me, mas saiba que da minha mente jamais o tempo furtará tua doce imagem. Farei para ela uma graciosa moldura, pensarei em ti todas as noites antes de adormecer.
Queria que o teu desejo fosse como o meu. Queria que teu amor fosse assim, sem medidas, equivalente a esse meu excesso de amor por ti. Anseio que você me peça para permanecer, deixando transparecer em teus olhos verdes a lembrança daquelas maravilhosas noites de novembro.
Espero tuas afetuosas palavras acariciarem algum dia novamente meus ouvidos. E que tua voz seja de novo a minha canção favorita. E anseio acima de tudo, que tu pegues a minha mão e furte-me antes da minha partida, cobrindo-me de beijos e promessas, rasgando esse véu de tristeza que agora cobre minha face, em seguida dizendo que também sofreu com o nosso afastamento sem motivos sólidos e que esperará fielmente e ansiosamente o meu regresso, pois eu estaria levando comigo o pedacinho essencial da sua alma.
Esse seria um dos mais lindos desfechos para nossa história, se um dia ela saísse do papel e da minha mente engenhosa.

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