quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sobre o ato de escrever.

Quando alguém me diz que se viu em algum texto meu, faço desse comentário o motivo de todos os meus sorrisos largos que surgiram a seguir. Acho que o melhor elogio que posso receber é esse. Não ligo para elogios referentes à beleza, mas quando tocam na minha escrita, fico radiante, pois não analisam banalmente minha massa corpórea e sim medem a intensidade da minha alma.
Sei que não sou uma grande escritora, mas sinceramente, não escrevo para ser reconhecida e tampouco aplaudida. Não sonho em entrar para a Academia de Letras. Escrevo pelo simples fato de ser algo que me proporciona prazer e alívio imediato.
Gosto de desnudar sentimentos, de ir até a nascente da dor e me tornar afluente dela. Aprecio desaguar em pequenas palavras, vocábulos simples, mas de coração. Porque ao escrever arquivo momentos e ao escrever me descubro um pouquinho mais.
Em hipótese alguma, me deixem escrever somente com os dedos, pois amo demasiadamente escrever com a alma. No dia que só minhas mãos tecerem, digam-me friamente, que minhas palavras são transparentes, que somente é possível ver o branco reluzente da folha e o quanto minha alma tão falante está calada.
A minha definição para escreve sempre foi “colocar a alma em uma vitrine expondo todos seus pormenores aos olhos que a percorrem”, mesmo o Aurélio preferindo outra descrição.

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