Hoje pude
concluir isso: O problema está na fantasia. Nossa mente engenhosa fica arquitetando
vidas, criando personagens regados à perfeição, quando o imperfeito está de
trás das cortinas gritando ferozmente para aparecer também nesse espetáculo.
Gostamos de
imaginar nossos ídolos como semideuses. Colecionamos seus CD’s, livros ou
qualquer coisa que eles produzam ou apareçam. Ficamos devotos daquela perfeição
em carne e osso. Somos ingênuos quando não percebemos, que antes de ídolos,
aqueles seres são feitos da mesma matéria que nós. Eles possuem fomes, medos e anseios. E também
dias não muito bons.
Colocamos essas figuras em pedestais. Fazemos deles assuntos na nossa roda de amigos e ás
vezes até de motivo para escrita. Usamos como moldes para nossas ideias e como
espelhos para possíveis adaptações visuais.
E quando chega
a hora de olhar nos olhos daquele artista, do qual o presenteamos com a
obrigação de serem perfeitos, acabamos nos decepcionando um
pouco. Porque o encanto do “impossível” e do “perfeito” é quebrado. Percebemos
que desfocamos demais as imagens.
No meu caso, me
decepcionei com um homem de voz linda, mas de poucas palavras e de sorriso
forçado. Pra ser sincera, eu esperava mais do que educação. Ele deixou muito a
desejar no quesito interação. Mas não sou capaz de julgá-lo, porque nada sei do
que antecedeu sua sessão de autógrafos. Não deixarei de ouvir suas músicas, mas
agora o tirei do pedestal.
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