sábado, 21 de agosto de 2010

Singular

Ela era fortaleza
Ele a muralha que caia
Ela devaneava
Ele fincava os pés no chão
Ela cedia aos acordes de uma boa música
Ele evitava qualquer barulho
Ela se excedia nas proporções do amor
Ele era imune a qualquer tipo de sentimentalismo
Ela queria viver de poesia
Ele preferia viver de mentiras
Ela mergulhava de cabeça
Ele tinha a mente fechada
Ela queria um futuro
Ele se contentava com os restos de um passado
Ela optou ir para o lado esquerdo
Ele preferiu o direito
Desde então, viraram singular
Extirparam a primeira pessoa do plural de suas vidas
E tomaram seus rumos, em direções opostas.

Um comentário:

Branca disse...

Adoro quando eu me encontro nas palavras de outrem! Adoro quando me leio em um poema! Ou sera que o poema é quem me lê?

Adorei!

EStou te seguindo!!

Te espero no meu pra uma visita!

bjos