domingo, 23 de setembro de 2012

Voo



Depois de algum tempo, ardeu em mim aquele sentimento claustrofóbico. Eu detestava aquelas grades que me faziam refém. Era isso, só agora realmente me via: eu, amante dos ares da liberdade.
 Quando alcei voo pra velha rotina foi reconfortante. Minha alma em desatino não queria repousar em nenhum lugar.  O pensamento naqueles jardins de tulipas coloridas de Amsterdam. Meus grandes olhos verdes agora podiam ver tudo de novo. O mundo ainda era o mesmo globo quebrado que eu possuía de enfeite na estante junto aos livros.
Eu tentei manter os pés nos chão, mas deixo pros tubérculos a tarefa de se prenderam ao solo.  Nasci pra alçar esses voos tortos, me colidindo em coisas intensas. Permitindo-me eclodir por vários céus. 

Nenhum comentário: