Num belo dia você me joga meia dúzia
de palavras sem sentido. Noutro dia, uma enxurrada de verdades. E eu não
hesito, eu não fujo. Apenas seguro tua mão como se eu realmente fosse forte,
mesmo que as lágrimas denunciassem a minha fraqueza tão explícita.
Ao mesmo tempo em que me aproximo
e me regozijo, sei que as punhaladas mais tarde poderão ser mais fortes. Talvez no fim sobre somente eu e o Radiohead
ao fundo. Mas eu só desisto depois de gastar todas as fichas, porque já cansei
de colecionar medalhas por abandono de anseios.
Eu não sei como nomear essa
situação que a gente anda passando. Não sei como escrever sobre o que eu sinto.
Não sei como verbalizar e como desfazer esses nós em minha garganta. Não
aprendi a calcular a distância com as fórmulas de física, mas se ela existe mesmo,
tenho um novo sapato com um bom solado para te encontrar muitas vezes ainda nas
rodoviárias por ai.
2 comentários:
Vale insistir nas histórias e vivê-las até gastar a sola do sapato novo. Gostei! Beijos!
Agora fiquei a pensar se ainda tenho sola suficiente para gastar... Adorei o texto :-)
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