Meus passos eram quase automáticos.
Até que meus olhos percebem aquela imagem familiar. Aquele corpo esguio vinha
em minha direção. Ele cruza ao meu lado. Meu corpo treme. Minha cabeça lateja. Justamente agora, que eu não planejava e
tampouco queria.
Eu estava disposta a imergir no esquecimento.
E ele chega assim tão de repente. Despertando todas as memórias adormecidas. Eu
fraquejando, esqueço o meu olhar fixo naquela face com ar angelical. Quero
sorrir e dizer olá. Só que o máximo que consigo é olha-lo, enquanto minhas
pernas trêmulas continuam percorrendo a rua ao entardecer.
Um comentário:
Admirável metáfora do cotidiano de paixões.
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